domingo, novembro 26, 2006

Eu podia chamar-te pátria minha
dar-te o mais lindo nome português
podia dar-te um nome de rainha
que este amor é de Pedro por Inês.

Mas não há forma não há verso não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?Meu amor transbordou. E eu sem navio.

Gostar de ti é um poema que não digo
que não há taça amor para este vinho
não há guitarra nem cantar de amigo
não há flor não há flor de verde pinho.

Não há barco nem trigo não há trevo
não há palavras para dizer esta canção.
Gostar de ti é um poema que não escrevo.
Que há um rio sem leito. E eu sem coração.
Manuel Alegre

3 comentários:

Anónimo disse...

Em todo o caso a foto é bonita, vêem-se uns mirones, mas melhor que isso, vê-se esse empreendimento ciclópico - saravá, Presidente, saravá - que dá pelo nome de Jardins do Mondego.

Anónimo disse...

GOSTAR DE TI...

E eu que nunca estive aí
Apetece-me apenas
Gostar de ti,

E da tua noite única ...
e clara
ó minha cidade rara.

Há coisas que a gente pressente
A toda hora
e presentemente,

o grande futuro da minha vida
é chegar aí...
e continuar
a gostar de ti.

João Brito Sousa

Anónimo disse...

Mão direita, mão direita,
Já perdi o teu tocar,
Daqueles belos tempos de secóvia,
Enquanto olhava para o mar.

Oh mão, minha mão,
minha mão, minha amada
quem te tem bate punhetas,
quem não te tem não faz nada.