O anunciado encerramento de vários blocos de partos no país foi o tema central da interpelação, esta quarta-feira, do PSD ao Governo, no Parlamento.
O primeiro-ministro José Sócrates, no final da abertura desta interpelação, acusou os sociais-democratas de fazerem um discurso demagógico a propósito do fecho das maternidades.
O chefe de Governo pretende que seja assegurada uma assistência a todas as parturientes e não apenas às ricas, que já são assistidas em Badajoz.
«O Sistema Nacional de Saúde assegura a todas as mães portuguesas condições de segurança para terem os seus filhos no país. A alternativa a Elvas é Portalegre e Évora, queremos que elas vão a estes locais, mas não obrigamos», disse.
«Já hoje muitas mães de Elvas vão a Badajoz ter os seus filhos, mas só as ricas», acrescentou.
Na mesma linha e utilizando o mesmo argumento, o ministro da Saúde, Correia de Campos, disse no debate no Parlamento que actualmente «já há 80 mulheres por ano que vão a Badajoz ter os seus filhos, as que têm uma condição sócio-económica elevada».
O responsável pela pasta da Saúde garantiu que o Executivo só quer aplicar «o princípio da equidade».
Fonte: www.tsf.pt
2 comentários:
Ao ler esta notícia uma dúvida assaltou-me.
Pensava eu que as mulheres grávidas de uma elevada condição sócio-económica frequentavam Badajoz - além do El Corte Inglés, claro - não como parturientes mas sim sim como futuras ex-grávidas. Pelo menos os anúncios na nossa imprensa escrita assim davam a entender, e deixavam antever, também, o quanto era florescente o negócio das clínicas de apoio à gravidez indesejada.
Afinal estava enganado, elas iam lá mesmo parir! E as clínicas eram mesmo maternidades!
Entretanto, e para sossegar os espíritos mais nacionalistas, tenhho uma sugestão a fazer ao executivo, que tal se em vez de fazermos convénios com as maternidades de Badajoz fizermos com as de Olivença?
Assim as criancinhas continuam a nascer em Portugal!
Super color scheme, I like it! Good job. Go on.
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