quarta-feira, dezembro 13, 2006

Par acção-reacção
Aqui pelas bandas da blogosfera sempre que se fala a verdade sobre Pinochet salta logo em sua defesa a malta de direita.
Ai que ele até era bom rapaz, era católico ferveroso, o Papa louvava-o, fez um milagre económico, devolveu a democracia ao seu país, etc, etc, etc...
Mau é o Fidel Castro, esse é que come criancinhas ao pequeno almoço, mata os opositores, instituiu a censura e o recolher obrigatório é ateu apesar de nem se ter dado mal com o Papa, etc, etc, etc.
Ou seja justificam os actos de um ditador com a existência de outro, se bem que este nem tenha sido chamado à conversa. Lá chegará a sua hora.
Com o tema da Académica passa-se o mesmo. Cada vez que se fala que José Eduardo Simões é arguido num processo de corrupção, aqui d'el-rei, saltam logo em sua defesa uns apaniguados da sua pessoa, que à falta de melhores argumentos atiram a matar sobre Campos Coroa.
O JES é que é bom, saneou as finanças do clube, tem os ordenados em dia, etc, etc, etc.
O Coroa é que era corrupto, ia para o Brasil às meninas, não percebia nada de contratações e sei lá mais o quê, e pasme-se, deixou um buraco financeiro na secção de Andebol!
Porque é que uma vez mais tem que se justificar a investigação de uma pessoa com hipotéticos actos de outra que nada tem a ver com o caso?
Porque será que não se podem discutir os temas de forma honesta e verdadeira sem sermos capciosos?
Vamos tentar discutir seriamente sem tentar arranjar, sempre, um par acção-reacção.

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