quarta-feira, dezembro 06, 2006

Luís Santarino tece duras críticas à gestão de José Eduardo Simões
Assembleia foi uma farsa

LUÍS SANTARINO, um dos mais conhecidos sócios da Briosa, foi a grande voz contestatária na última assembleia geral. As críticas à gestão de José Eduardo Simões começam na questão do Jornal Académica e estendem-se até às contas do clube. «Um desastre total», diz.

O que aconteceu em concreto com o Jornal Académica?
— O Jornal Académica era propriedade de uma sociedade composta por mim, Fernando Pompeu, João Mesquita e José Fernandes da Silva. A Direcção do dr. Campos Coroa entendeu propor que a Académica ficasse com a maioria do capital, assumindo o passivo, que era elevado, e o activo. Numa reunião da Comissão Administrativa, o dr. João Moreno assumiu que o passivo seria pago, já que um patrocinador estava disposto a fazê-lo. Todos sabemos qual foi a empresa, resta saber para onde foi o dinheiro!

E depois disso?
— Nada mais foi dito após a morte do dr. João Moreno, até que fomos surpreendidos com a obrigatoriedade de pagar 20 mil euros a uma instituição bancária. Foi mais uma malandrice, entre aspas, do eng. Eduardo Simões.

Na AG foi um dos mais críticos...
— A assembleia geral foi uma farsa e potencialmente uma fraude. O presidente acusou Campos Coroa de ser o causador do passivo de 12 milhões de euros, esquecendo-se que, em 2003, disse que a AAC/OAF estava em falência técnica. O passivo era de 5 milhões de euros! Isto seria contradição, se não pudesse ser apelidado de mentira.
— ...
— Disse que iria reduzir os salários em 35 por cento. Aumentou-os. Voltou a não justificar onde está o milhão de euros da transferência de Filipe Alvim, Delmer e Dionattan. Pior que tudo é o desaparecimento de uma rubrica do anterior relatório que fazia fé de uma dívida da Académica/OAF ao eng. José Eduardo Simões de 3,5 milhões de euros. Nunca ninguém soube a proveniência desse dinheiro, quem autorizou o empréstimo, ou onde está ele agora. Sobre a transferência do Marcel, apenas disse que era mentira ter recebido cerca de 2 milhões e 140 mil euros, mas nunca explicou o negócio.

Há má gestão?
— Nunca a Académica/OAF teve tanto dinheiro! Só da TBZ recebe mais de 3 milhões de euros por ano. Se a este dinheiro somarmos as transmissões televisivas e demais patrocínios, a Direcção da Académica tem para gastar, por ano, mais de 5 milhões de euros.

Mas isso não parece suficiente...
— O relatório está escrito e assinado e o que todos compreendemos é que a Académica está à beira da falência.

De quanto será, neste momento, o passivo da Académica?
— Em declarações recentes o eng. José Eduardo Simões afirmou que já tinha recebido toda a verba do ex-atlteta Marcel. Assim sendo, o passivo aumenta para 19 milhões de euros, distribuídos da seguinte forma: 12 milhões inscritos no relatório, 3,5 milhões da venda do Marcel e mais 3,5 milhões do empréstimo do presidente que no presente relatório já não consta. É o desastre total!
Sansão Coelho, Jornal A Bola

3 comentários:

Anónimo disse...

É o degredo.

Anónimo disse...

E este? Será o "à beira de um ataque de nervos"?

Anónimo disse...

prefiro o "volver".
Volta Coroa, estás aperdoado, filho.